Câmara fria para armazenagem de medicamentos: entenda por que ela garante a qualidade de fármacos e vacinas

A correta conservação de medicamentos sensíveis à temperatura preserva a integridade desses produtos

Com o avanço da indústria farmacêutica e a necessidade de armazenar medicamentos sensíveis à temperatura, tornou-se essencial contar com um ambiente controlado que possa manter as condições ideais de refrigeração.

Nesse contexto, a câmara fria para armazenagem de medicamentos desempenha um papel fundamental na preservação da qualidade e eficácia de remédios, vacinas, entre outros insumos.

Afinal, esse equipamento protege os produtos contra variações climáticas, prolongando sua vida útil. Veja, a seguir, como deve ser o isolamento da câmara fria para armazenagem de medicamentos e o que diz a RDC 430.

Isolamento de câmara fria para medicamentos

O isolamento da câmara fria para fármacos é calculado de forma que a entrada de calor seja a mínima possível, pois qualquer variação de temperatura acima de 2 graus é extremamente prejudicial, podendo até resultar na perda do produto.

Por essa razão, a estrutura da câmara fria é projetada para acomodar determinada quantidade de medicamentos. As dimensões levam em consideração a natureza do fármaco, a validade, entre outras características.

Outros aspectos considerados são ventilação interna, sistema de refrigeração distribuído em cada prateleira e gaveta, sensores para monitorar a temperatura e materiais de construção higiênicos, como o aço inoxidável.

Resolução de Diretoria Colegiada (RDC 430)

A norma RDC 430, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, determina uma série de medidas em relação ao armazenamento de vacinas e medicamentos.

Confira quais são as principais medidas a seguir:

Quantidade: o número depende da natureza dos insumos e da necessidade de controle de temperatura de cada um. É importante considerar o volume de demanda, a rotatividade dos produtos e a capacidade de armazenamento disponível. A quantidade deve ser cuidadosamente calculada levando em consideração a capacidade dos equipamentos de refrigeração e a necessidade de garantir a disponibilidade dos medicamentos e vacinas quando necessário.

Indústria farmacêutica: são necessárias câmaras frias para armazenar insumos a temperaturas entre 2°C e 8°C, além de produtos congelados. Também é necessário ter uma ou mais câmaras para a segregação de medicamentos reprovados.

Distribuição e logística: são utilizados armazéns frigoríficos para o armazenamento de produtos refrigerados e congelados, bem como pelo menos uma câmara para medicamentos vencidos ou recolhidos.

Destino final: em hospitais, clínicas de vacinação ou postos de saúde, são utilizadas geladeiras ou câmaras frias para armazenar medicamentos refrigerados e congelados, além de pelo menos uma geladeira apropriada para medicamentos termolábeis rejeitados.

Vale dizer que a Resolução de Diretoria Colegiada 430 não é aplicada isoladamente. É importante considerar as diretrizes da RDC 301 e RDC 304/360, bem como as do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM).

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